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Ressignifique a sua relação com o seu corpo

Desenvolver uma relação positiva com o corpo é um processo que envolve autoaceitação, autocompaixão e cuidado consigo mesmo. É importante reconhecer que cada corpo é único e merece ser celebrado, independentemente de sua forma, tamanho ou aparência.

Uma maneira de cultivar uma relação positiva com o corpo é praticar a gratidão. Isso envolve reconhecer e apreciar as coisas maravilhosas que o corpo nos permite fazer, como mover-se, dançar, abraçar e experimentar o mundo ao nosso redor. Agradecer ao corpo por suas habilidades e funcionalidades pode ajudar a desenvolver um maior respeito por ele.

Além disso, é importante desafiar as normas sociais e os padrões de beleza irreais que são frequentemente impostos pela sociedade e pela mídia. Reconhecer que a beleza vem em todas as formas, tamanhos e cores pode ajudar a promover uma cultura de aceitação e inclusão.

Praticar o autocuidado também desempenha um papel fundamental no desenvolvimento de uma relação positiva com o corpo. Isso pode incluir atividades como exercícios físicos que tragam prazer, alimentação balanceada que nutra o corpo e a mente, e práticas de relaxamento que promovam o bem-estar emocional.

Por fim, é importante lembrar que a jornada em direção a uma relação positiva com o corpo é contínua e pode envolver altos e baixos. É normal ter dias em que nos sentimos menos confiantes ou satisfeitos com nossa aparência. Nessas ocasiões, é crucial praticar a autocompaixão e se lembrar de que somos mais do que apenas nossa aparência física.

Ao adotar esses princípios, podemos aprender a amar e aceitar nossos corpos exatamente como eles são.

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Saúde mental

O que uma análise lacaniana pode me proporcionar?

Fazer uma análise lacaniana é uma oportunidade única de se aprofundar nas questões psíquicas que moldam nosso comportamento, emoções e relações. Lacan, ao recuperar e reinterpretar a psicanálise freudiana, trouxe à tona a importância da linguagem e dos significantes na formação do sujeito. A partir dessa perspectiva, a análise busca investigar como as palavras, os gestos e os significados atribuídos aos eventos da vida influenciam as escolhas e o sofrimento do indivíduo. Ao entender essas estruturas, é possível acessar as raízes do inconsciente e desvendar os mecanismos psíquicos que muitas vezes estão além da percepção consciente.

Uma análise também proporciona um espaço para a compreensão do desejo, um dos conceitos centrais na teoria de Lacan. O desejo não é apenas uma busca por prazer, mas algo estruturado e inconsciente que direciona as ações e as escolhas do sujeito. Ao identificar o que está em jogo no desejo, o paciente pode desvendar as repetições de padrões que o aprisionam e compreender a origem de seus conflitos internos. Esse processo permite uma reconciliação com aspectos do inconsciente que, muitas vezes, conduzem a vida de forma irrefletida.

Além disso, uma psicanálise lacaniana auxilia o sujeito a se reconectar com sua própria subjetividade, oferecendo uma nova perspectiva sobre a identidade e o sentido de si. Lacan enfatiza a importância do “Eu” e do “outro”, e como a relação entre esses elementos determina a construção do sujeito. Ao examinar as interações com o outro, seja na infância ou na vida adulta, a pessoa pode perceber os efeitos dessa dinâmica em suas escolhas. Em última instância, ela oferece um caminho para a possibilidade de uma vida mais plena e autêntica, livre de padrões inconscientes que limitam o potencial do sujeito.

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Saúde mental

Reconhecer seus limites é importante

Estabelecer limites é uma habilidade essencial para preservar nossa saúde mental, bem-estar emocional e relacionamentos saudáveis. Ao definir limites claros, comunicamos nossas necessidades, valores e tolerâncias, a fim de garantir que eles possam ser respeitados pelos outros. Isso envolve aprender a dizer ”não” quando necessário, sem sentir culpa ou medo de desapontar os outros. Além disso, estabelecer limites saudáveis também nos ajuda a manter um equilíbrio entre nossas responsabilidades e nossos próprios cuidados, nos permitindo priorizar nosso tempo e energia de acordo com nossas necessidades e objetivos pessoais. Ao reconhecer e respeitar nossos próprios limites, construímos uma base sólida para relacionamentos mais autênticos e satisfatórios, onde o respeito mútuo e a comunicação aberta são valorizados.

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Pressão estética: três cuidados para lidar com ela

Na era das redes sociais e da cultura da imagem, a pressão estética é uma questão para muitas pessoas. Dos corpos supostamente ‘‘perfeitos’’ às características faciais idealizadas, somos constantemente expostos à padrões inatingíveis de beleza. Essa pressão não só afeta nossa autoestima, mas também molda nossas escolhas, alimentando uma busca incessante pela aprovação alheia. No entanto, é essencial lembrar que a verdadeira beleza reside na diversidade e na autenticidade. Desafiar os padrões estabelecidos e cultivar uma relação saudável com nossa própria imagem são passos fundamentais para nos libertar. Que abracemos a nossa singularidade!

Dito isso, aqui vão três dicas que podem te ajudar nesse sentido:

  1. Pratique a autoaceitação: reconheça e aceite que você é única. A sua existência deve ir muito além de sua aparência física e é nisso que há beleza!
  2. Limite sua exposição às mídias, principalmente sociais: reduza o tempo que você gasta consumindo conteúdo que promove padrões inatingíveis de beleza. Isso pode incluir deixar de seguir algumas pessoas e começar a seguir àquelas que demonstrem diversidade corporal e facial.
  3. Por fim, desenvolva interesses que nutrem sua autoestima: busque atividades que a faça sentir-se bem consigo mesma e que promova uma sensação de realização pessoal. Concentrar-se em aspectos da vida que vão além da aparência pode ajudar a reduzir a importância exagerada atribuída à pressão estética.
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Saúde mental

O peso da autocobrança

A autocobrança é uma experiência que muita gente já experimentou em algum momento da vida. É ruim quando ela aparece, melhora quando ela sabe ir embora. Mas e quando insiste? O que fazer com aquela voz interna que sussurra incessantemente em nossos ouvidos, incitando-nos a fazer mais, ser mais, alcançar mais?

Aí é que precisamos nos haver com o eco das expectativas, muitas vezes irrealistas, que criamos para nós mesmos.

Por um lado, a autocobrança pode ser uma força motivadora, um motor que nos impulsiona a alcançar nossos objetivos e superar desafios. Por outro, ela pode ser um fardo pesado, que esmaga nossa autoestima e bem-estar emocional.

É fácil cair na armadilha da autocobrança excessiva. Vivemos em uma sociedade que valoriza a produtividade, o sucesso e a perfeição, alimentando a ideia de que nunca é o bastante. Somos bombardeados por imagens de pessoas aparentemente perfeitas, alcançando feitos extraordinários, o que nos leva a questionar nossas próprias realizações e progressos.

Inclusive, ela pode se manifestar de diversas formas: pode ser aquela sensação constante de que nunca estamos fazendo o bastante; pode ser a pressão para alcançar padrões irreais de desempenho em todas as áreas de nossas vidas; pode até se manifestar como autocrítica implacável, onde cada falha é ampliada e cada sucesso é minimizado.

De qualquer modo, definitivamente a autocobrança não deve ser usada como parâmetro de valor. Isso porque, com alguma frequência, nós não temos a menor obrigação de atender às expectativas, sejam elas impostas por nós mesmos ou pelos outros. Afinal, somos muito mais do que demandas.

Esteja atento.

Aprender a lidar com esses imperativos internos é um processo contínuo. Envolve cultivar a autocompaixão, independentemente de nossas realizações, bem como definir limites saudáveis, tanto para os outros quanto para nós mesmos.

Buscar apoio, seja por meio de amigos, familiares ou profissionais de saúde mental, também pode ser fundamental. Às vezes é preciso uma perspectiva externa para nos ajudar a desafiar nossos padrões de pensamento autocrítico e desenvolver estratégias mais saudáveis de enfrentamento. Que possamos nos libertar, ainda que sutilmente, dos pesos excessivos que carregamos.